Pois é, estamos quase no Natal. E como é típico desta época festiva já só pensamos em amor, paz, família, consoada.... e claro, prendas!! Esta é a época do ano em que há mais compras. Viva o consumismo!! Viva o subsídio de Natal! (para os sortudos que não passam recibos verdes, claro!!)
E como é a época áurea do consumismo puro e duro, nada como dar uma voltinha nos super e hipers do nosso país. As criancinhas, que são o nosso futuro, são aquelas que levam mais prendinhas nesta época (para os adultos lá recebem as meias, cuecas, e, com sorte, perfumes). E assim os locais de consumismo natalício enchem-se de brinquedos para todos os gostos e bolsos.
E eu adoro (confesso) percorrer nos hipers os corredores cheios de brinquedos, ver as novidades do ano, os novos carrinhos, os jogos, as imensas inutilidades infantis e juvenis, que não haviam no meu tempo de criança (que inveja!!). E lá me continuo a escandalizar com os preços, altos na maioria dos artefactos, mas que até são mais ou menos em outros artigos que já existiam no meu tempo de infanta e que eram caríssimos (sobretudo para os meus pais que contavam o ordenado para esticar até ao fim do mês). Ora um brinquedo que era caríssimo quando eu era miúda eram as famosas barbies. Eu adorava, principalmente, aquelas barbies de aniversário, onde elas tinham uns vestidos de princesa, lindos e maravilhosos. E eram essas as mais caras... custavam sempre para cima de 6 ou 7 contos (o que dava para nós comermos durante uma semana). Um dia contarei aqui a minha história com as barbies, mas agora o que interessa é outra coisa.
A semana passada fui, então, dar uma voltinha no corredor dos brinquedos e encantar-me com as milhentas barbies (e amigas, primas, namorados e outros acessórios) que nesta época de Natal ocupam corredores nos hipers. Olho, admiro, toco nas caixinhas onde estão as maravilhosas bonecas (ai o fruto proibido!!). E ao pegar na caixa de uma barbie, a barbie cantora, vejo que, no lado direito da caixa, existe um buraquinho no plástico para nós metermos o dedo e carregarmos na aparelhagem que serve de acessório à boneca. E... oh maravilha!! oh espanto!! oh coisa encantadora!! A boneca, aquela que tem aquela cara sempre a sorrir, começa a mexer a boca!! Sim amigos, a mexer a boca. E não é daquelas coisas que se vê os mecanismos, mal feita. Ela mexe a boca de uma forma que parece verdade (pronto, ok, que parece verdade se pensarmos numa boneca a cantar). É lindo!! Quais nenucos que fazem bolhinhas com a boca, ou xixi e cócó!! Isto é que é a verdadeira tecnologia aplicada aos brinquedos.. Vejam se não é maravilhoso..
E isto tudo apenas por... 19.90€.
Onde andavas tu, boneca cantora, maravilha da ciência brinquedal, quando eu tinha 12 anos??
